sábado, 15 de janeiro de 2011

cona de trabalhadora temporária

Devo dizer que nunca fui grande adepto da cona larga, aquela onde a verga, em vez de andar para trás e para a frente, anda para a esquerda e para a direita a ver se consegue tocar em alguma coisa. É também a chamada cona Buraco Negro, para quem for adepto das ciências cosmológicas como era Carl Sagan (inventor do termo).
A Cona Buraco negro é, aliás, a maior inimiga do homem. Por um lado porque ninguém consegue adivinhar quando é que uma gaja tem a rata do tamanho do Estádio da luz, por outro lado porque quando descobre que a tem é tarde demais e ninguém gosta de assumir que não tem pila suficiente para uma cona que seja.
Agora nunca pensei que tal objecto dos Astros pudesse pairar entre as pernas delicadas duma princesa sentada à mesa duma empresa de trabalho temporário. Fui lá para mais uma entrevista para um emprego, que isto no Alentejo ou se trabalha sazonalmente para o Amorim ou é melhor virar puta, que vai dar ao mesmo, e a gaja disse-me logo que me vê por ali quase todos os dias. Reparou em mim, portanto.
O Zezinho começou logo a gritar dentro das calças que era uma oportunidade de ajabardar em mais uma cona, e eu pergumtei-lhe se tinha alguma coisa para fazer depois do trabalho. Respondeu-me que não e à noite levou-me para casa dela. Talvez por saber que estou desempregado não se fez a comer carne em minha casa.
Lá chegados aqueceu-me uma coentrada e despiu-se da cinta para baixo, ou melhor, da cona para cima, e digo isto porque se pôs imediatamente a fazer o pino. No princípio não percebi bem, mas depois reparei que era para não se notar tanto o efeito da gravidade, que aquela cona para além de larga parecia dois bifes de perú daqueles mal amanhados do Pingo Doce.
O Zezinho olhou para aquilo e disse logo "ehhhh lá, que isto hoje vai ser nadar em sêco". E de facto assim foi, mas não tão mau como possam pensar. Cona de trabalho temporário é um imenso buraco negro mas está habituada a todo o tipo de vergalho: pequeno, grande, magro, gordo, mole, rijo, tudo mesmo. E se no princípio o Zezinho não estava a perceber muito bem o que fazer, depois lá se arranjou. Pegou nos bifes e enrolou-os à sua volta num gesto tão poético quanto experimental, e então já o diametro da coisa chegava para a fricção. Até fez fumo.
O resto já sabem como é. Uma mão numa mama outra no rabo e toca a mexer até a gaja dizer ai. Como nunca mais arranjo emprego, ainda torno a passar lá um dia destes.

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